28 de fevereiro de 2014

A esperança é a última que morre

**** OFF | via Tumblr

Passou. Doeu, foi uma desgraça. Minha garganta apertou, meus olhos se encheram d’água e por um momento achei que nunca mais conseguira respirar. E de repente, sem aviso nem recado, tudo se foi, como nunca sequer houvesse existido.
Então porque será que ainda sinto o mundo nas costas? Para onde se foi alívio que eu deveria sentir? Sei lá. Só sei que estou cansada e não consigo pensar em outras coisas. Odeio drama tanto quanto odeio ficar me torturando. Nervosa, irritada e vulnerável: será que isso um dia acaba?
Nunca fui do tipo de pessoa que abre o berreiro na frente dos outros. Sempre preferi ficar na minha, não fazer alarde. Só que agora não posso mais me manter em pé, a cabeça erguida. Tá ardendo, me faz mal. E pela primeira vez em não sei quanto tempo, não sei o que fazer. Quero alguém que me acuda, faça carinho no meu cabelo e me diga palavras bonitas. Desejo um sorriso sincero de alguém que goste de mim, um abraço apertado, uma estrela-guia.
Logo eu, que sempre fui tão durona, tão independente. Quem imaginaria que, justamente agora, eu precisaria desesperadamente de uma mão que me levantasse? Dá até vontade de rir. Pedir ajuda é tão complicado. As pessoas nem sempre estão dispostas a cooperar. Tem gente que não entende, tem gente que te olha torto.
Aí me bate um desespero. Será que sou louca? Por que ninguém liga para mim? Volto a sofrer em silêncio, juntando os pedaços de mim que ainda não se perderam. Cheguei à conclusão de que nada doí eternamente e que as pessoas não podem resolver meus problemas por mim. O que me resta é olhar para frente, na esperança de que o futuro me reserve coisas boas.

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